terça-feira, 3 de maio de 2011

OS SETE NOVOS PERFIS DE CONSUMO

o que me espera num futuro próximo?
O Observatório de Tendências Ipsos lançou recentemente um novo estudo sobre os novos perfis de consumo. O estudo é feito através de pesquisa nas principais capitais do mundo, identificando e analisando movimentos e fenômenos observados em nível macroeconômico, político e social e seus reflexos no consumo, no comportamento, nas manifestações culturas, na arquitetura e na propaganda. Aqui eu acrescentaria ainda NO PRODUTO (sim porque se vc entender o que eles estão dizendo, seu produto ficará bem mais perto do consumidor...)

Segundo Clotilde Perez, coordenadora do Observatório, "as sete tendências revelam um mundo em busca de composição". Depois de ler a pesquisa, acho que não usaria a palavra composição, mas sim a palavra reorganização...

Mas, vamos às tendências...

1.Go Bubbles - “conexão no microcosmos” (eu diria: O VALOR DO TEMPO AGORA)

Consideremos que a globalização e a vida sem fronteiras não foram alcançadas. Consideramos o mundo mas não estamos lá necessariamente... O tempo agorista ainda é um valor. Estar “conectado” não significa, necessariamente, estar ligado em tudo que acontece no mundo o tempo todo. Filtrar, selecionar e bloquear informações possibilitaram limites. Conexão, interatividade, multiplicidade estão mais voltadas aos microcosmos (ou seja, a você) e são, assim, melhor administradas. (Nós nos gerenciamos, nós nos limitamos e escolhemos quem queremos que faça parte desta nossa vida - física e virtual)


2. HiperSense - “maximização dos sentidos”
O desejo pela intensidade, surpreender e ser surpreendido, arriscar-se, ousar, sair do lugar-comum, fazer algo diferente – peculiaridades tipicamente humanas – foram aguçadas pelos efeitos de massificação e da pouca diferenciação da era global. Desde as primeiras ondas deste Observatório foram observadas diferentes formas de buscar uma emoção mais intensa: do desafio físico, passando pelo exibicionismo, pelo voyerismo até a invasão do fetichismo. Essas manifestações continuam, mas surgiram formas mais elaboradas de se fazer notar e de sentir, muitas vezes associadas a mensagens edificantes: minar preconceitos, atenuar tabus, manifestar uma ideia. A ênfase agora está em despertar os sentidos de maneira inusitada, misturar, sobrepor os sentidos.

3. Venus Fever - “He, she, it: a composição como possibilidade”
Traz a ideia de “compor” como o centro das atenções. Nesse momento, fica evidente que há certa parceria e flexibilidade entre homens e mulheres, que levaram a discussões sobre seus papéis sociais para um âmbito mais provativo. A mulher é mais “Amélia” enem se sente mais ameaçada pela perda de suas conquistas. Pode transitar mais naturalmente entre possibilidades: sendo mãe, esposa, amante, filha, profissional... Da mesma forma, o homem é também mais livre para circular: mais sensível, vulnerável, parceiro, também pode ser mais viril, rústico.

4. Living Well - “bem-estar necessário”
O bem-estar é o ponto marcante desta tendência. Identifica forte valorização do momento presente. Cuidar de si é mais possível do que cuidar do planeta ou dos problemas de ordem mundial. Por outro lado, evidencia-se maior preocupação com o futuro, com manifestações de generosidade, de dedicação aos outros, de ajudar, contribuir. A linguagem edulcorada e a generosidade são algumas das marcas da Living Well. (gosto disso deveria pensar mias nisso!)


5. ID Quest - “patchwork identitário”
Na atualidade ID Quest tem importante destaque: buscar as raízes para saber quem eu sou – e eu sou um mosaico. Amigos pessoais são mais valorizados, mesmo que o contato com eles seja mais virtual do que físico. Momento de crise financeira também intensifica a necessidade de contatos mais sólidos e verdadeiros do que a ampla gama de desconhecidos. Sente-se também certo remorso, culpa por ter se distanciado durante certo tempo dos laços afetivos mais reais. São evidentes manifestações claras de busca afetiva, como design de época, objetos do passado, colecionismo em alta, remakes de filmes e peças de sucesso, renascimento das mascotes de marca e criação de novas, valorização das histórias de vida, os pets e a sedução pela eternidade, tudo em busca de uma relação mais emocional e mais afetiva como possibilidade de constituição da própria identidade. (AMO ESSA TENDÊNCIA - acho ela super atual sempre)



6. My Way – “protagonismo e criatividade”
o Foco é o indivíduo e  tudo que lhe agrada e singulariza. Não queremos apenas personalizar: somos autores-atores prontos para performances. As manifestações de individualidade estão também expressas na relação com o outro, na co-autoria, nos processos de “co-criation”, na colaboração. O exercício da criatividade está na capacidade de transitar por vários estilos, atitudes e comportamentos. É preciso ser único e ser múltiplo ao mesmo tempo.


7. Know Your Rights
Tem como base a frase “consumir é existir” e apresenta três eixos: crítico, onde existe uma contrariedade aos excessos do capitalismo, como o consumismo; ético, preocupação com as formas de produção dos produtos; e sofisticado, com novos significados para a palavra luxo e onde as marcas desse segmento estão voltadas para o core business em busca de segurança e manutenção das vendas.


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"Estamos aqui para aprender..."

O tempo é mesmo injusto, se aproveita das nossas tristezas e as transforma em oportunidades!

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